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ARTIGO – Aposentadoria não é um plano para a velhice, é um plano para a liberdade

Durante muito tempo, falar em aposentadoria era quase um sinônimo de velhice. A imagem mental era sempre a mesma: alguém grisalho, cansado, recebendo uma quantia mensal para viver com o que restou da energia e da saúde. Essa visão envelheceu, felizmente. A nova geração de profissionais e empreendedores está aos poucos entendendo que aposentadoria não tem a ver com idade, mas com liberdade. E liberdade, por sua vez, tem a ver com escolha.

Planejar a aposentadoria, hoje, é sobre se dar o direito de escolher o ritmo da vida, os projetos que se quer abraçar, os lugares que se quer estar, e principalmente, com quem se quer compartilhar o tempo. É deixar de trabalhar por obrigação e passar a trabalhar, se quiser, por realização. E para isso, não dá para contar só com o INSS ou deixar a organização da vida financeira para depois dos 60.

Entre as ferramentas mais interessantes para essa construção de liberdade está a previdência privada. É um produto de longo prazo, ideal para quem quer fazer pequenos aportes mensais e ver esse esforço se transformar em patrimônio ao longo do tempo.

A previdência permite a portabilidade entre fundos, o que significa que o investidor pode ajustar sua estratégia conforme o perfil e o cenário de mercado, sem precisar resgatar e pagar impostos no processo. Além disso, após 10 anos, é possível alcançar a menor alíquota de Imposto de Renda, de apenas 10%, o que garante mais eficiência tributária no momento de resgatar os recursos. Outra grande vantagem é que os valores aplicados não entram em inventário, podendo ser direcionados diretamente aos beneficiários, evitando burocracias e conflitos familiares, ou seja, é uma ferramenta eficiente de sucessão.

Em alguns casos, ainda é possível utilizar o mecanismo de diferimento do IR, postergando o pagamento de imposto e otimizando o crescimento da reserva ao longo do tempo. Para quem entende que aposentadoria é um projeto e não um destino, a previdência é uma ferramenta que merece atenção.

O maior erro que vejo nas conversas que tenho, tanto com jovens profissionais quanto com empresários consolidados, é a ideia de que "ainda falta muito tempo". Mas o tempo, justamente, é o maior aliado de quem quer se aposentar com tranquilidade.

Quanto antes você começa, mais leve é o caminho. E não se trata de ganhar muito. Se trata de construir, pouco a pouco, um patrimônio que trabalhe por você. Isso envolve, sim, investir com inteligência, mas principalmente, envolve entender que o planejamento financeiro é uma expressão de cuidado com o próprio futuro.

Vejo com frequência pessoas que ganham bem, mas vivem em função das contas. O padrão de vida cresce junto com a renda e o dinheiro, que deveria ser uma ponte para a liberdade, vira uma corrente. Por outro lado, também vejo quem ganha menos, mas tem clareza de propósito e disciplina. Essas pessoas sabem onde querem chegar e tomam decisões mais conscientes. A diferença está aí.

Aposentadoria é, acima de tudo, um projeto de vida. Um que permite você se imaginar daqui a dez, vinte ou trinta anos com serenidade. E mesmo quem ama o que faz, e pretende continuar trabalhando até onde der, precisa entender que autonomia se constrói antes da necessidade. É sempre melhor parar porque se quer, do que porque se precisa.

Portanto, não espere a velhice para começar a planejar sua aposentadoria. Comece agora, mesmo que pareça cedo demais. Você não está construindo uma saída.  Está construindo liberdade.

José Neto Rossini Torres é Sócio, Gestor Comercial e Assessor de Investimentos Alta Renda da Forttu Investimentos; Advogado; Autor dos livros: “Investe Logo: Compartilhando experiências com o investidor iniciante” e “O Caminho para o sucesso na Assessoria de Investimentos: Processo, Relacionamento e Intensidade” (Em pré-lançamento)

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