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ARTIGO – A nova era do Open Finance (open investment): O que o capixaba tem a ganhar?

Estamos vivendo uma transformação silenciosa, mas profunda, no sistema financeiro brasileiro: a consolidação do Open Finance. A proposta é simples, mas poderosa, colocar o cliente no controle total dos seus dados financeiros e permitir que ele os compartilhe com quem quiser, quando quiser. Essa inovação, regulada pelo Banco Central, abre espaço para uma nova forma de lidar com dinheiro, muito mais integrada, estratégica e transparente.

No Espírito Santo, onde observamos um crescimento consistente da consciência financeira, o Open Finance representa uma oportunidade concreta de elevar o nível de organização patrimonial de famílias, empresários e profissionais liberais. Isso porque ele permite que assessores e planejadores financeiros tenham uma visão completa de tudo que o cliente possui e movimenta no sistema financeiro, desde contas bancárias e cartões até
investimentos, financiamentos e seguros, sempre com autorização expressa do cliente.

Essa integração é fundamental para um bom planejamento. Imagine, por exemplo, um cliente que possui investimentos em mais de uma corretora, além de aplicações em bancos tradicionais, dívidas parceladas e um cartão com limite alto. Se ele não compartilha esses dados com seu assessor, todo o planejamento feito com base em informações parciais corre o risco de ter incoerências graves, como uma alocação mal dimensionada, excesso de risco ou subavaliação de dívidas.

É por isso que insistimos: habilitar o Open Finance (open investment) é um passo técnico e estratégico. Com os dados unificados, é possível tomar decisões mais inteligentes, equilibrar melhor os investimentos, entender o fluxo de caixa real, definir reservas de emergência proporcionais e até renegociar dívidas com mais eficiência.

Na Forttu Investimentos, temos utilizado esse recurso para elevar a qualidade das análises que entregamos aos nossos clientes. Muitas vezes, ao visualizar o todo, conseguimos identificar ativos ineficientes, oportunidades não exploradas ou riscos silenciosos que, isoladamente, não chamavam atenção.

Essa transparência também favorece a confiança na relação entre assessor e cliente. A partir do momento em que ambos trabalham com os mesmos dados, a estratégia deixa de ser baseada em suposições e passa a ser fundamentado em realidade. É a diferença entre “achar que está tudo certo” e ter certeza de
que está no caminho certo.

Naturalmente, a segurança é uma preocupação legítima. Mas o Open Finance (open investment) segue protocolos rígidos de proteção de dados, com criptografia, autenticação em duas etapas e autorização individualizada. O cliente decide exatamente o que será compartilhado, com quem e por quanto tempo, e pode revogar o acesso a qualquer momento.

 

José Neto Rossini Torres é Sócio, Gestor Comercial e Assessor de Investimentos Alta Renda da Forttu Investimentos; Advogado; Autor dos livros: “Investe Logo: Compartilhando experiências com o investidor iniciante” e “O Caminho para o sucesso na Assessoria de Investimentos: Processo, Relacionamento e Intensidade” (Em pré-lançamento)

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