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Amizades tendem a ser mais saudáveis por causa do afeto familiar

Estudo da Associação Americana de Psicologia aponta que o afeto e a proximidade gerados em uma relação entre pais e filhos criam amizades mais saudáveis e, futuramente, indivíduos que sabem lidar com suas emoções de maneira mais leve, além de evitar comportamentos agressivos e o desenvolvimento de síndromes, como a ansiedade

Um desenvolvimento saudável engloba, além do bem-estar físico e mental, o afeto, que vem, principalmente, de relações afetivas cultivadas dentro de casa, especialmente no âmbito familiar. O apoio incondicional dos pais, que são os modelos de uma criação infantil, é a base essencial para a criação de novos laços afetivos, como os de uma amizade na escola, e para criar habilidades que contribuirão com a formação de indivíduos pensantes, que serão capazes de criar e pensar – não apenas repetir ações, comportamentos e competências.

Especialmente a relação entre as mães e os filhos, por exemplo, foi estudada pela Associação Americana de Psicologia, e um dos resultados constata que as crianças tendem a ter amizades mais saudáveis durante a infância devido à proximidade e ao afeto presente nessa relação.

“Entre os três e os cinco anos de idade, as crianças começam a desenvolver e a entender o que é a afeição, que provoca novos relacionamentos. Mas os únicos relacionamentos que elas compreendem são com os pais e, com base neles, criam amizades e imitam o que veem dentro de casa, como o cuidado, o afeto, e outras habilidades que preservam e criam novos relacionamentos”, explica Talita Espíndula, psicóloga que atua na Upuerê Educação Infantil.

Quais as melhorias proporcionadas por uma relação próxima entre os pais e os filhos?

Talita comenta, ainda, que o suporte que os pais dão para as crianças são a base forte e estimulante que levam os mais novos a se desenvolver melhor, especialmente no que diz respeito à inteligência emocional. “Além de evitar comportamentos conflituosos, uma relação afetiva e próxima entre pais e filhos podem proporcionar diversas melhorias, desde a geração de interesse das crianças por esportes e outras atividades na escola, como o melhor desenvolvimento emocional e mental – que afasta síndromes como a ansiedade das crianças – e até mesmo uma estabilidade nas competências sociais, que contribuem para que as crianças saibam lidar com a frustração e a tristeza, por exemplo, de maneira mais leve e sem dificuldades”, afirma a psicóloga.

Como promover uma relação mais afetiva entre pais e filhos?

A especialista em crianças relembra que é essencial respeitar o tempo de cada filho, além de compreender que nem sempre ele estará disposto a criar proximidade com outras pessoas, como a fazer uma nova amizade na escola.

“Enquanto pais, podemos demonstrar interesse na vivência escolar de cada criança, perguntar como é a rotina delas e o que elas fazem que traz felicidade, afeto e diversão. Só de conversar com as crianças sobre a rotina e deixar que elas se comuniquem da maneira que sabem é um momento de proximidade que estamos proporcionando e que expressa confiança. Criar uma relação afetiva entre pais e filhos pode ser prazeroso, também, quando lemos juntos, vamos a parques e outros locais juntos, quando brincamos juntos. Quando pais e filhos estão juntos, as crianças percebem que essa relação é a base para todas as outras que elas terão, e isso fortalece ainda mais esse afeto”, finaliza Talita.

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