Economia

Confiança em alta impulsiona comércio capixaba

Confiança em alta impulsiona comércio capixaba e estimula contratações e novos investimentos

O comércio do Espírito Santo chega ao fim de 2025 em ritmo de otimismo. Empresários do setor demonstram maior disposição para ampliar investimentos e reforçar as equipes, embalados por um ambiente econômico mais favorável e pela intensificação do consumo típica dos últimos meses do ano.

Dados do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) apontam que, em novembro, o indicador no estado registrou crescimento de 4,5% em relação a outubro, alcançando 108,6 pontos. O resultado mantém o Espírito Santo acima da chamada zona de satisfação — fixada em 100 pontos — e o coloca em posição de destaque frente à média nacional e aos demais estados da região Sudeste.

O levantamento, realizado pelo Connect Fecomércio-ES em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostra que o desempenho capixaba superou o índice nacional, que ficou em 104,3 pontos. Estados como Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro apresentaram resultados mais modestos, alguns ainda abaixo do patamar considerado positivo.

Segundo o coordenador do Observatório do Comércio do Connect Fecomércio-ES, André Spalenza, o cenário revela maior capacidade de reação do empresariado local diante de um contexto econômico nacional marcado por incertezas. Para ele, a confiança demonstrada reflete tanto o aquecimento sazonal do mercado quanto a leitura mais favorável sobre o curto prazo da economia.

O avanço do Icec foi impulsionado principalmente pela melhora nas expectativas para os próximos meses. O subíndice que mede a percepção futura alcançou 127,4 pontos em novembro, após alta mensal de 5,9%, indicando otimismo em relação ao desempenho do varejo no encerramento do ano. Promoções, datas comemorativas e maior circulação de renda contribuíram para esse resultado.

As condições atuais também apresentaram evolução, com crescimento de 4,4% no período. A avaliação da economia foi o principal destaque, ao registrar alta de 9,3%, enquanto a percepção sobre o setor cresceu 5,8%. Já a análise sobre a situação da própria empresa manteve estabilidade, com leve tendência positiva.

Outro sinal importante veio da intenção de investir. O indicador avançou 3,1% em novembro e chegou a 114,9 pontos. A disposição para contratar funcionários teve crescimento ainda mais expressivo, de 5,3%, evidenciando a necessidade de reforçar equipes para atender ao aumento da demanda. A intenção de investir no próprio negócio também avançou, reforçando estratégias de expansão e fortalecimento das operações.

Na análise por segmentos, todos os tipos de produtos apresentaram desempenho positivo. O maior crescimento foi registrado no comércio de bens duráveis, como eletrodomésticos e veículos, seguido pelos bens semiduráveis, como vestuário e calçados. Até mesmo os bens não duráveis, tradicionalmente mais estáveis, mostraram avanço, sinalizando um mercado resiliente e em recuperação gradual.

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