Economia

Com o novo ano chegando, entenda como escolher o investimento certo

O calendário virou a última página de 2025 e o próximo ano já está no radar dos brasileiros. Com 2026 praticamente à porta, quem conseguiu manter as contas em dia tem a chance de dar um passo além: investir. Mas saber por onde começar ainda é a principal dúvida de quem quer fazer o dinheiro render.

Segundo Ludmilla Franca, gerente de investimentos da Sicredi Serrana, o primeiro passo é compreender que não existe uma aplicação ideal para todas as pessoas. “O investimento varia de acordo com o perfil de cada um e com o objetivo que se quer alcançar. Antes de escolher, é fundamental entender para que esse dinheiro será usado e em quanto tempo”, afirma.

A especialista destaca que a organização financeira é decisiva nesse processo. Quando as despesas estão sob controle, fica mais fácil planejar, avaliar riscos e escolher aplicações compatíveis com a realidade de cada pessoa, priorizando segurança e previsibilidade, principalmente no início.

Para quem está dando os primeiros passos, o mercado oferece opções acessíveis e de menor risco. A poupança segue como uma das portas de entrada mais conhecidas. Simples, sem valor mínimo e com liquidez imediata, ela apresenta rentabilidade reduzida, mas pode ser útil para quem ainda está formando a reserva de emergência.

Outra alternativa bastante procurada é o Tesouro Direto. Com aplicações a partir de valores baixos, o investidor compra títulos públicos, emprestando dinheiro ao governo. É considerado um investimento de baixo risco e oferece diferentes prazos e tipos de rendimento, conforme o objetivo financeiro.

Os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) também figuram entre as escolhas de quem está começando. Nessa modalidade, o dinheiro é emprestado aos bancos e a rentabilidade é definida no momento da aplicação. Esses títulos contam com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), dentro dos limites legais.

Para quem deseja diversificar sem acompanhar o mercado diariamente, os fundos de investimento podem ser uma alternativa. Eles reúnem diferentes ativos e contam com gestão profissional, oferecendo opções conservadoras ou mais arrojadas, conforme o perfil do investidor.

As LCIs e LCAs, ligadas aos setores imobiliário e do agronegócio, chamam atenção pela isenção de imposto de renda para pessoas físicas. Também são garantidas pelo FGC e costumam ser indicadas para quem pode deixar o dinheiro aplicado por prazos maiores.

Já as ações exigem mais conhecimento e maior tolerância ao risco. Ao investir em ações, a pessoa se torna sócia de uma empresa e pode obter ganhos mais expressivos no longo prazo, mas precisa lidar com oscilações do mercado. É uma escolha indicada para quem pensa no futuro e aceita a volatilidade.

A previdência privada completa o leque de opções, voltada principalmente ao planejamento da aposentadoria e à sucessão patrimonial. Existem planos com diferentes benefícios fiscais, que variam de acordo com o tipo de declaração do imposto de renda.

“Não é preciso começar grande. O mais importante é começar de forma consciente, entendendo riscos, prazos e objetivos”, reforça Ludmilla Franca.

Enquanto alguns já planejam 2026, muitos brasileiros ainda aguardam a segunda parcela do décimo terceiro salário, que deve ser paga até sábado (20). Para quem não conseguiu se organizar financeiramente ao longo do ano, o recurso pode ser decisivo.

A orientação é priorizar o uso do valor. Quitar dívidas, pagar despesas acumuladas e reorganizar o orçamento são passos fundamentais antes de investir. “O décimo terceiro pode ajudar a colocar as contas em ordem. A partir disso, fica mais fácil planejar o próximo ano e, aos poucos, começar a investir”, explica a gerente da Sicredi Serrana.

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