O novo Terminal de Granéis Líquidos (TGL) Praia Mole avança mais uma etapa de seu processo de licenciamento ambiental, com foco no diálogo e na transparência com as comunidades. A Ambipar, empresa responsável pelo licenciamento do empreendimento, realizou em Vitória uma reunião de diagnóstico que reuniu representantes de entidades comunitárias, pescadores e lideranças locais. O encontro teve como objetivo ouvir os moradores, esclarecer dúvidas e construir uma agenda de desenvolvimento que una crescimento econômico e responsabilidade socioambiental.
Além de ouvir a comunidade, a empresa reforça seu compromisso com o meio ambiente e com o desenvolvimento sustentável, conduzindo cada etapa do projeto com respeito às pessoas e à natureza.
Com investimento estimado em R$ 340 milhões, o terminal será uma das principais infraestruturas portuárias do Estado com capacidade para movimentar em torno até de 14 milhões de toneladas de petróleo por ano, o equivalente a cerca de 100 milhões de barris.
A previsão é que o terminal entre em operação no segundo semestre de 2027.
O projeto já tem engenharia conceitual concluída, 44 simulações de manobrabilidade aprovadas e licenciamento ambiental em andamento junto ao IEMA. A movimentação prevista deve gerar um aumento de até aproximadamente R$ 80 milhões por ano em royalties de petróleo, distribuídos entre Vitória (40%), Serra (30%) e Vila Velha (30%). Isso significa até R$ 32 milhões a mais por ano para a capital.
Durante o encontro, representantes das comunidades pesqueiras destacaram o potencial do empreendimento para gerar emprego e renda, sem comprometer o meio ambiente. Para Álvaro Martins, presidente da Colônia de Pescadores de Vitória, o projeto representa uma conquista coletiva para o Estado. “A importância do projeto é que ele é bom para Vitória, Serra e Vila Velha, por causa dos royalties. Porque também não prejudica o meio ambiente”, afirmou.
Já Lambisgoia, presidente do Sindicato Estadual de Pescadores, destacou o impacto positivo do terminal na geração de oportunidades. “A vantagem desse projeto é que vai criar bastante emprego para as pessoas aqui do Estado. Não só em Vila Velha, Vitória, mas para várias pessoas. Inclusive pode ser até que um parente da gente, uma família da gente, possa estar se beneficiando com esse emprego”, ressaltou.
O projeto será operado sob rigorosos padrões de segurança nacional e internacional, com navios de casco duplo, sistemas automatizados de contenção e monitoramento, e um centro de controle operacional que garantirá a integridade ambiental das operações. Entre 2017 e 2025, mais de 6.000 operações ship to ship foram realizadas no Brasil sem incidentes graves, reforçando a robustez do modelo.
O empreendimento ainda deve gerar até R$ 268 milhões por ano em valor adicionado ao PIB capixaba e até R$ 156 milhões anuais em tributos (PIS, COFINS, IR e ISS), impulsionando o desenvolvimento econômico e social do Estado.
Para André Carvalheira, gerente de projetos da Blue Terminals, “a transparência, o diálogo e o respeito à comunidade são pilares do projeto. Estamos comprometidos em manter canais de comunicação abertos, compartilhar informações técnicas de forma clara e construir soluções que garantam desenvolvimento econômico sem abrir mão da proteção ambiental e do bem-estar das pessoas”.