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ARTIGO – Tempo, Resiliência e Propósito: o elo entre a Revista Ekletica e o planejamento nos investimentos

Manter um projeto editorial ativo por quase uma década, no Brasil, é uma conquista que transcende a estatística. Em meio a um cenário de transformações digitais, mudanças na lógica do consumo de conteúdo e incertezas econômicas que afetam até os grandes veículos, a permanência da Revista Ekletica representa mais do que uma escolha pela cultura: ela revela a força de uma estratégia de longo prazo. E, curiosamente, esse mesmo princípio está na base de qualquer trajetória sólida no mercado financeiro.

A Ekletica é fruto de continuidade. Não apenas de edições que se sucedem no tempo, mas de uma ideia cultivada com cuidado, que exigiu disciplina para manter o foco editorial, resiliência para atravessar fases menos visíveis e, sobretudo, uma crença no valor do conteúdo que transforma, informa e provoca. Essa lógica, de perseverar com consistência mesmo quando o resultado imediato não aparece, é a mesma que rege uma estratégia financeira orientada para o longo prazo.

No mundo dos investimentos, é comum que a ansiedade pelo ganho rápido ofusque o valor do tempo e da paciência. Muitos buscam atalhos, mas poucos sustentam o hábito. E é aí que o paralelo se aprofunda: o que sustenta um projeto, seja uma revista independente ou um plano financeiro de décadas, não é o brilho pontual de um momento de êxito, mas a soma de escolhas coerentes feitas todos os dias. O hábito é o alicerce de qualquer construção duradoura. É ele que permite consistência, e é da consistência que vem a colheita.

Além disso, ambos os universos exigem resiliência. Não aquela resiliência superficial que romantiza a superação, mas a que se prova na prática: quando uma edição não tem a repercussão esperada, quando a verba cultural aperta, quando o cenário econômico muda. É nessa hora que a coragem de seguir em frente, mantendo a integridade da proposta, revela sua força silenciosa. No mercado financeiro, essa resiliência se manifesta quando o investidor decide permanecer fiel à sua estratégia, mesmo diante da volatilidade ou da pressão do senso comum. É nesses momentos de incerteza que se decide o futuro. Desistir no meio do caminho pode significar abandonar justamente o período que antecederia a virada.

Mas talvez o ponto mais essencial entre esses dois campos seja o conhecimento. Uma publicação como a Ekletica não sobrevive apenas de opinião, ela se sustenta em pesquisa, curadoria, rigor estético e pensamento crítico. No campo financeiro, o paralelo é direto: não há planejamento sólido sem informação, sem análise técnica, sem compreender os riscos e as possibilidades com clareza. Mais do que produtos financeiros, o que se oferece em uma boa assessoria é orientação, e a orientação exige conhecimento.

A longo prazo, tanto na cultura quanto nas finanças, a verdade é que o tempo revela quem está construindo com profundidade. Quem apenas reage ao momento tende a desaparecer com ele. Quem pensa com visão, mesmo que avance devagar, deixa um legado.

A Revista Ekletica é, nesse sentido, um retrato de como a constância e a dedicação silenciosa ao propósito podem atravessar os ruídos e alcançar algo maior: relevância. E essa é uma lição que vale para todos que desejam estruturar sua vida financeira com solidez. Porque investir, no fim das contas, é confiar no futuro, mas, acima de tudo, é trabalhar todos os dias para que ele chegue com liberdade, segurança e significado.

Artigo na visão de:

José Neto Rossini Torres
Sócio, Gestor Comercial e Assessor de Investimentos Alta Renda da Forttu Investimentos; Advogado; Autor dos livros: “Investe Logo: Compartilhando experiências com o investidor iniciante” e “O Caminho para o sucesso na Assessoria de Investimentos: Processo, Relacionamento e Intensidade” (Em pré-lançamento).

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