Os acolhidos dos espaços institucionais para pessoas em situação de rua de Vitória deram um show de convivência e mostraram que juntos e misturados são mais felizes. O cenário de toda essa animação foi o Centro de Convivência Solon Borges que abriu as portas para o bloco “Sambando nas Ruas”, em uma festa que rompeu fronteiras territoriais e físicas aproximando crianças, adolescentes, adultos e idosos.
O bloco Sambando nas Ruas era formado por cerca de 90 integrantes entre usuários, trabalhadoras (es) do SUAS e coordenadoras(es) que atuam nos oito espaços de acolhimento institucional de Vitória – Albergue para Migrantes, Alojamento Provisório de Famílias, Casa República, Abrigo Jabour, Abrigo para Pessoa em Situação de Rua com Transtorno Mental 1 e 2, Hospedagem Noturna e Abrigo para Adultos e Famílias (Abrigo 1).
Os usuários dos abrigos mostraram muito mais, eles coloriram o local com suas fantasias e adereços, mostraram samba no pé e convidaram todos – crianças, adolescentes, trabalhadores do Sistema Único da Assistência Social (SUAS) que atuam no espaço – para se divertir ao som de marchinhas e samba.
A animação era tanta que as crianças e adolescentes, que participam de atividades no CC Solon Borges, caíram na folia. Os amigos Brendo Felix, Caleb Serafim, ambos de 13 anos, e Gabriel Calixto, de 14, eram um dos mais animados. Enquanto Vitória Fernandes, de 8 anos, disse que estava feliz dançando com a nova amiga Raiane Gama Lemos, que é acolhida do Abrigo para Pessoas em Situação de Rua com Transtorno Mental (AT1).
Para a gerente da Proteção Social Especial de Alta Complexidade em exercício, Marcilea Maria Xavier Soares, o baile de carnaval foi um momento para promover a inclusão. “O direito ao lazer, à cultura, a convivência é para todos. Estamos dando tratamento e oportunidades iguais a todos, bem como a oportunidade de integração e inclusão de todos os acolhidos nos Serviços”, comentou ela.
A secretária de Assistência Social, Cintya Schulz, disse que o trabalho tem como foco garantir direitos e fortalecer vínculos familiares e comunitários, neste encontro muitos sorrisos, conexões e diálogo foram estabelecidos. “Estes momentos são importantes para o nosso trabalho”, afirmou ela.