O Ministério da Saúde revelou que o número de casos de dengue no Brasil atingiu a marca de 1,6 milhão em 2023, representando um aumento significativo de 15,8% em comparação ao ano anterior. Os óbitos relacionados à doença também aumentaram, passando de 999 para 1.053.
Os estados mais afetados foram Espírito Santo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Goiás, que apresentaram a maior incidência da doença. O ministério atribui o crescimento aos fatores climáticos, aumento das chuvas, suscetibilidade da população e variação na circulação de sorotipos do vírus.
Em resposta a essa escalada, o Ministério da Saúde está considerando a inclusão de uma vacina contra a dengue no Programa Nacional de Imunizações. Além disso, a pasta anunciou uma estratégia de combate, implementando o método Wolbachia em seis novas cidades, onde mosquitos não transmissores de dengue serão liberados.
As cidades contempladas com o método Wolbachia incluem Natal, Uberlândia (MG), Presidente Prudente (SP), Londrina (PR), Foz do Iguaçu (PR) e Joinville (SC). A iniciativa visa conter a propagação do vírus e reduzir os casos de dengue.
Para 2024, as estimativas são preocupantes, conforme alerta da secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel. O Centro-Oeste é previsto para ficar em nível epidêmico, enquanto Minas Gerais e Espírito Santo, no Sudeste, apresentam potencial epidêmico. No Sul, o Paraná é identificado com potencial muito alto, enquanto o Nordeste deve ter um aumento, porém abaixo do limiar epidêmico.
O governo e autoridades de saúde estão intensificando esforços para enfrentar a dengue, buscando estratégias preventivas e a possível inclusão da vacina no SUS como medida crucial para conter o avanço da doença no país.