Uma noite de celebração. Assim foi a cerimônia que marcou a abertura oficial do 30º Festival de Cinema de Vitória, que aconteceu na noite de segunda-feira (18), no Teatro Glória, no Sesc Glória e teve a apresentação do ator Alexandre Barillari e da influencer e empreendedora Bryce Caniçali. Na programação do evento, que tem o patrocínio do Instituto Cultural Vale, da Petrobras e da ArcelorMittal, através da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura, o público conferiu a exibição dos cinco curtas-metragens que fazem parte da 12ª Mostra Foco Capixaba e o primeiro filme da 13ª Mostra Competitiva Nacional de Longas.
Quem deu as boas-vindas ao público que lotou o Sesc Glória foi a produtora executiva do Festival de Cinema de Vitória, Larissa Delbone. Em sua fala, ela destacou a importância de um evento com foco no fomento ao audiovisual brasileiro e como a diversidade de produções apresenta um Brasil diverso. “A gente tem discutido muito sobre cota de telas para o cinema brasileiro. Eu queria dizer que esse festival é integralmente brasileiro. E todas as nossas telas são para exibir o cinema brasileiro. São 12 mostras competitivas em que a gente consegue dialogar com a pluralidade que representa o cinema do nosso país”.
Delbone também destacou a importância do investimento em cultura e como isso impacta na vida de quem dialoga com esses projetos. “Agradeço às empresas que acreditam que investir em cultura é investir em cidadania e em acesso. É investir no brasileiro e naquilo que ele tem de melhor: na capacidade de viver e existir. A gente quer continuar produzindo, a gente quer continuar existindo, e a gente quer cada vez mais celebrar com um festival cada vez maior. E viva o cinema brasileiro porque ele ainda tem muitas histórias para contar”.
Na sequência, o Secretário de Estado da Cultura do Espírito Santo, Fabricio Noronha falou da importância do Festival de Cinema de Vitória para a cultura do Estado. “Para o Governo do Estado é um orgulho ter esse festival, algo que faz parte da história do Espírito Santo, que formou muita gente. Eu mesmo comecei a frequentar essa sala aqui do Sesc na sexta edição, com 15 anos. Isso, com certeza, contribuiu para minha trajetória pessoal na produção cultural e nas artes. Um Festival que acompanha o fortalecimento dessa cena, do audiovisual, e que nesses 30 anos cresceu, se fortaleceu, e tem hoje uma produção incrível e que boa parte dela estará presente nessa semana de celebração”.
Logo após, Alessandra Teixeira, gerente de patrocínio da Petrobras, cumprimentou o público e falou sobre o retorno da parceria com o Festival de Cinema de Vitória. “No ano em que a Petrobras está fazendo 70 anos, a gente ganha como presente, do nosso aniversário, estarmos de volta e celebrando os 30 anos do Festival de Cinema de Vitória. É um momento importante para nós porque marca uma retomada dos investimentos culturais. É um momento de grande celebração, um grande orgulho a gente estar junto. Quero cumprimentar a todos os profissionais, que contribuem e conseguem realizar tantos projetos com uma colaboração tão importante para nossa sociedade. A Petrobras agradece essa energia toda que ela ganha quando está junto de um projeto como o Festival de Cinema”.
Fechando a cerimônia, o Gerente de Relações Institucionais da Rede Gazeta, Eduardo Fachetti. “Toda vez que eu venho aqui, falar em nome de A Gazeta, é muito bom ver esse teatro cheio de pessoas que acreditam em cultura, no poder transformador do cinema e das artes. Para nós, esse 30º Festival de Cinema de Vitória tem um gostinho especial, porque as datas cheias mexem com a gente. A Rede Gazeta está completando 95 anos de uma empresa que é do Espírito Santo, que gosta de celebrar o capixaba, de conhecer o capixaba e chamar o capixaba para o diálogo. E como nada na vida é por acaso, esta edição do festival homenageia uma artista capixaba, a atriz Elisa Lucinda, no momento que a gente olha para o Espírito Santo com tanta gente boa aparecendo para o Brasil e para o mundo. Um viva para todos os talentos, aos produtores talentosos do Espírito Santo”.
12ª MOSTRA FOCO CAPIXABA
As exibições começaram com a 12ª Mostra Foco Capixaba. A janela, exclusiva para produções desenvolvidas por realizadores e realizadoras capixabas, apresentou cinco produções. Na programação foram exibidos os curtas-metragens “O Passarinho Menino”, de Ursula Dart; “Ruína do Futuro”, de Dorottya Czakó; “Trinca-Ferro”, de Maria Fabíola; “Marcha, Mastro e Fé”, de Arthur Navarro; e “Mångata – Todas as Fases da Lua”, de Marcella Rocha.
Ursula Dart, diretora de “O Menino Passarinho”, falou sobre sua história com o festival. “O primeiro trabalho do qual eu participei veio para essa tela, veio para esse espaço. O festival é super importante, é uma honra estar aqui. Essa equipe é maravilhosa. Esse filme que vocês vão ver aqui é um processo de muitas mãos como toda obra audiovisual. É muito especial essa noite”.
13ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE LONGAS
Fechando o primeiro dia de evento, a 13ª Mostra Competitiva Nacional de Longas exibiu o documentário “Incompatível Com a Vida”, de Eliza Capai. Representando o filme, a produtora Mariana Genescá. “Eu queria agradecer muito a Eliza, uma pessoa que admiro muito, sou muito grata a nossa parceria. Esse é um filme que eu nunca imaginava fazer, não é aquele filme que a gente pensa, planeja, corre atrás. As coisas foram acontecendo com a Elisa e a necessidade que ela sentiu de transformar tudo que ela viveu em um filme, que resume essa potência e essa coragem que ela é, em transformar a dor dela e tantas outras mulheres em poesia. Incompatível com a Vida é um filme que fala de dor, de morte, de luto, mas é um filme que fala de amor e de vida também”.
O 30⁰ Festival de Cinema de Vitória conta com o patrocínio do Instituto Cultural Vale, da Petrobras e da ArcelorMittal, através da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura. Conta com o apoio do Canal Brasil, do Canal Like, da Universidade Federal do Espírito Santo, do Cine Metrópolis, da Rede Gazeta, da Carla Buaiz Joias e do Sesc Glória. Conta também com o patrocínio institucional do Banestes. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).