Em novo livro, especialista em gestão e psicanalista, Henrique Medeiros, apresenta um mundo colaborativo e transformador, onde as pessoas vivem para um propósito global
Como conduzir a humanidade para um mundo sustentável, socialmente justo e economicamente viável? O que é necessário para dar início a uma nova jornada, onde caos e ordem estejam equilibrados? As respostas para essas importantes perguntas são entregues pelo especialista em gestão e psicanalista Henrique Medeiros no livro Células Sociais Caórdicas – O Caminho Para Um Novo Mundo. A narrativa apresenta formas para transformar a maneira arrogante e gananciosa como a sociedade vive atualmente.
Formado em Tecnologia da Informação, com MBA em Gestão Empresarial e especialização em psicanálise clínica, o autor tem experiência em grandes corporações, onde observou e acompanhou a atuação de lideranças por mais de 25 anos. Para ele, líderes comprometidos com a vida das pessoas, capazes de convergir diferentes pensamentos em torno de objetivos comuns entre a sociedade e as instituições são fundamentais na construção das células caórdicas – sistema que imita a forma solidária como o corpo humano funciona, em que cada unidade celular distribui equitativamente as substâncias necessárias, sem deixar o organismo colapsar.
O conceito “Caórdico” foi criado pelo fundador da empresa de serviços financeiros Visa, Dee Hock, e significa que caos e ordem podem coexistir harmonicamente. No entanto, a sociedade está longe disso e o resultado, sustenta o Medeiros, é uma enorme confusão dentro das organizações. Como consultor que atua na formação de líderes, times de alto desempenho e reestruturação organizacional, ele observa uma gigantesca massa de colaboradores estressados, operando em desacordo com o que desejam, insatisfeitos com o trabalho, sem voz e muito menos poder de decisão sobre os destinos dos lugares onde estão inseridos. Em resumo, o ambiente organizacional reflete a desordem que o planeta experimenta.
“Não precisamos mais competir para continuar evoluindo. Não corremos mais de leões. Aliás, o próprio Darwin nunca disse que o mais rápido, mais forte é o que sobrevive. Sua teoria fala em organismos mais adaptados. Algo que, determinantemente, não buscamos quando continuamos insistindo em competir, uns contra os outros, mesmo sabendo que essa forma de agir só está destruindo a nossa própria casa e a nós mesmos.”
(Células Sociais Caórdicas – O Caminho Para Um Novo Mundo, p.39)
A obra detalha os passos para a implementação dos 17 objetivos e 169 metas de desenvolvimento sustentável da ONU, um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Os pilares apontados por Medeiros para a implantação desse sistema são o Querer, a Liderança, o Propósito e a Autocorreção. Este último trata da revisão permanente do propósito, planejamento e atuação da Célula.
Para o psicanalista, não há nada, senão a própria vontade, que impeça a humanidade de criar um mundo de Células Sociais Caórdicas e experimentar uma indescritível satisfação de viver um propósito maior, no qual a cooperação e transformação entre líderes e colaboradores são imperativos para que a sociedade evolua. “Somente dessa forma as pessoas terão um sentido global de existência que vença o individualismo e onde o conhecimento adquirido corresponda à prática”, pontua.
Células Sociais Caórdicas – O Caminho Para Um Novo Mundo trata, em essência, de um chamado para a valorização da fantástica capacidade de adaptação do ser humano. Na obra, o autor destaca o talento que as pessoas têm para criar soluções e desafia a implementação de maneiras diferentes de produzir bens e serviços de forma que beneficiem a qualidade de vida de todos – e não do capital –, garantindo a perpetuação da existência.