Atualmente, existem diversas doenças crônicas, não transmissíveis, que acometem nossa sociedade. Por exemplo, o tabagismo, a má alimentação, o sedentarismo e o excesso de bebidas alcoólicas. É essencial que todos nós tenhamos um olhar dedicado para a prevenção e promoção da saúde. Em um mundo onde a busca por abordagens inovadoras que promovam o bem-estar holístico está em ascensão. Entre essas abordagens, a Medicina do Estilo de Vida (MEV) se destaca como uma modalidade promissora, oferecendo uma visão abrangente da saúde e um caminho concreto para prevenir e tratar uma variedade de doenças.
Segundo a médica Andressa Kelly Alves Franco Machada, a MEV não apenas trata os sintomas das doenças, mas concentra-se em abordar suas raízes, modificando os hábitos de vida que contribuem para o desenvolvimento de condições crônicas não transmissíveis. “É crucial refletirmos sobre as abordagens inovadoras que estão moldando o futuro da medicina. A MEV oferece uma abordagem personalizada e centrada no paciente, capacitando as pessoas a assumirem um papel ativo em seu próprio autocuidado e a adotarem hábitos de vida saudáveis de forma sustentável.”
Ao adotar uma abordagem centrada no paciente e fornecer um suporte personalizado, os profissionais podem ajudar os pacientes a superar as dificuldades e resistências associadas à implementação de mudanças no estilo de vida. “Ao invés de simplesmente prescrever tratamentos, a MEV capacita os pacientes a se tornarem agentes de sua própria saúde, promovendo uma mudança duradoura e significativa em sua qualidade de vida”, acrescenta a Dra. Andressa.
Os pilares da Medicina do Estilo de Vida
De acordo com a médica, essa abordagem é fundamentada em seis pilares, sendo eles: alimentação saudável, atividade física, saúde do sono, controle de toxicidade e os laços sociais. Veja a importância de cada pilar:
Alimentação
A alimentação é o epicentro. A seleção cuidadosa dos alimentos é não apenas a terapia, mas também a raiz das enfermidades. Assim, a Medicina do Estilo de Vida preconiza uma dieta rica em vegetais, integrais e minimamente processados, relegando os industrializados em segundo plano.
Atividade física
O sedentarismo, comprovadamente deletério, cede espaço para a prática regular de movimento, mesmo que não atlético, com a premissa de 150 minutos semanais como mínimo vital.
Controle do estresse
O controle do estresse emerge como uma necessidade premente. O “mal do século” permeia tanto a saúde física quanto a mental, exigindo estratégias para sua contenção e manejo, visando uma qualidade de vida equilibrada.
Saúde do sono
A saúde do sono não pode ser negligenciada. A privação de repouso afeta a cognição, o humor e a imunidade, portanto, a modalidade promove a identificação e tratamento de distúrbios do sono para uma vida mais robusta.
Controle tóxico
A controle de tóxicos, sejam lícitos como álcool e tabaco, deve ser uma prioridade. Suas consequências devastadoras para o corpo são inequívocas, e a redução de seu consumo é um pilar fundamental para a saúde preconizada pela MEV.
Laços sociais
Por fim, os laços sociais não podem ser subestimados. Segundo Andressa, a solidão e o isolamento corroem a resiliência emocional, tornando a conexão interpessoal uma âncora vital para a saúde global, como evidenciado em meio à pandemia.