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Espírito Santo Inaugura Usina que Transforma Plástico em Energia

Espírito Santo dá um passo importante na economia circular com a inauguração da Usina de Tratamento Termoquímico de Resíduos Plásticos

O Espírito Santo se consolidou como um polo de inovação e sustentabilidade com a inauguração da primeira Usina de Tratamento Termoquímico de Resíduos Plásticos, nesta quinta-feira (20). Localizada no Parque de Ecoindústrias da Marca Ambiental, na Rodovia Governador Mário Covas, em Cariacica, a unidade da Global Carbon representa um marco na transformação dos resíduos plásticos em recursos sustentáveis.

Institucional Global Carbon

A cerimônia contou com a presença do Governador do Estado Renato Casagrande e demais autoridades, empresários e parceiros. O investimento de R$ 10 milhões na infraestrutura e tecnologia da usina trará grandes avanços no processo de reciclagem de plásticos e borrachas. Com a capacidade de processar até 10 toneladas diárias de resíduos, a unidade irá transformar esses materiais em óleo combustível e carvão (negro de fumo), contribuindo diretamente para a redução da dependência de combustíveis fósseis.

A usina utiliza a tecnologia termoquímica em ambiente hermético, que permite a reutilização dos gases gerados durante o processo, garantindo maior eficiência energética e menor impacto ambiental. O óleo combustível gerado será utilizado em diversas indústrias, como as de energia, química, automobilística e asfalto, ajudando a reduzir a emissão de gases poluentes e promovendo uma alternativa mais limpa de energia.

“Com essa inovação, o Espírito Santo avança significativamente na economia circular, oferecendo uma solução eficaz para a gestão de resíduos e a transição energética”, afirmou Gustavo Ribeiro, diretor operacional da Marca Ambiental e do Grupo Marca. Ele destacou também que o processo contribui para o compromisso com a sustentabilidade e a redução da pegada de carbono.

Além dos benefícios ambientais, a usina também é uma oportunidade para o fortalecimento da economia local. A operação da unidade criará novos postos de trabalho diretos, como operadores, mecânicos e auxiliares, além de estimular a criação de empregos indiretos nos setores de fornecimento de matérias-primas e serviços.

A Global Carbon também espera obter a certificação de créditos de carbono, uma oportunidade de negócios para empresas que buscam neutralizar suas emissões e adotar práticas mais sustentáveis. A comercialização desses créditos beneficiará não apenas o meio ambiente, mas também promoverá o crescimento econômico da região.

A inauguração da usina marca mais uma conquista para o Parque de Ecoindústrias da Marca Ambiental, que agora conta com 14 empresas dedicadas à valorização de resíduos e ao desenvolvimento de soluções sustentáveis. “Cada novo passo representa um avanço na gestão de resíduos e na criação de alternativas inovadoras para um futuro mais sustentável”, ressaltou o diretor Gustavo Ribeiro.

A instalação da usina é um reflexo do esforço contínuo do Espírito Santo para fortalecer a economia verde e posicionar o estado como líder na implementação de tecnologias limpas. Com o potencial de transformar resíduos plásticos em energia limpa, a usina é um exemplo claro de como a inovação pode alavancar a sustentabilidade, criando um ciclo virtuoso entre economia e preservação ambiental.

O projeto da Global Carbon reflete o compromisso com o desenvolvimento sustentável, não apenas no Espírito Santo, mas para todo o Brasil. A usina é um exemplo de como soluções criativas e inovadoras podem transformar problemas ambientais em oportunidades de crescimento econômico e bem-estar social. A cada passo dado, o estado se aproxima mais de um futuro que, como destacou Gustavo Ribeiro, “é construído todos os dias, com desenvolvimento sustentável e soluções que transformam vidas”.

“Com a inauguração desta nova unidade, o Espírito Santo reforça seu papel de vanguarda na economia circular, colocando-se à frente em questões de sustentabilidade e gestão de resíduos, e se tornando um exemplo a ser seguido no país”, finaliza Gustavo Ribeiro.

Por Luciene Costa

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